domingo, 9 de dezembro de 2012

CATAVENTO DAS ARTES 2012


A Arte Ainda se Mostra Primeiro

Por Mariana Kaoos




Era uma vez uma família muito grande que convivia todos os dias. Era pai, mãe, avó, tio, tia, primos de todas as idades e um monte de crianças. Nessa família tinha gente de tudo quanto era tipo: tinha mergulhador, dentista, professora e até político. Apesar das confusões diárias, eles eram muito unidos. Os pequenos principalmente. Eles almoçavam juntos, brincavam juntos, usavam as mesmas roupas, dormiam na mesma hora e aos poucos, foram vivendo diversas aventuras.

No meio de toda essa criançada, haviam duas irmãs em especial, mas que nada se pareciam uma com a outra. Dudu, cinco anos mais velha, era um pouco mais reservada. Brincava com suas bonecas ou com os primos da sua idade. Era sonhadora, tinha um mundo para si própria. Lelé, como o nome já diz, era lelé da cuca. Doidinha, corria para lá e para cá, subia nos pés de manga, aprontava com os tios.

Então, no meio dessa família bonita e maluca, elas foram crescendo assim como todos os outros. Dudu se apaixonou por um fazendeiro, começou a namorar e como todos esperavam, se casou. Depois de algum tempo, teve dois filhos, um menino e uma menina. Já Lelé, mais adiante, encontrou um árabe de olhos verdes e também se apaixonou. Casaram em seguida e tiveram dois filhos, um galego dos olhos azuis e um moreno dos olhos verdes. Foi a partir desse momento que elas, além de irmãs, se tornaram “comadres” e consequentemente mais amigas, pensando até em projetos juntas.

Apesar de Dudu e Lelé terem virado gente grande, seus corações sempre conservaram a magia e a beleza da infância. Convivendo com meninos e meninas de todas as idades e, após terem criado a Brinquedoteca* em Ilhéus (cidade em que moram), perceberam uma na outra a vontade de aumentar esse contato com as crianças, proporcionando a elas aprendizado, não só pela educação, mas pela arte e cultura. Foi assim que surgiu a Escola Vila Verde, para crianças de dois a dez anos, cheia de cores, brincadeiras e magia.

Os frutos do cata-vento.

No dicionário brasileiro, o significado de cata-vento é de uma bandeirinha, geralmente de ferro ou lata, enfiada numa haste e colocada no alto dos edifícios, para indicar a direção dos ventos que a movem. Ele também pode ser o lugar a bordo, ocupado por quem dirige a manobra, ou fazer referencia a um ventilador ou até mesmo a algo em constante movimento.

Pensando nisso, foi que Dudu, que tinha se transformado em Dusty Veloso e Lelé, que passou a ser Alessandra Fontes criaram há cinco anos o cata-vento das artes, “movimento artístico, cultural, onde se pode ver e sentir todas as letras e todas as sensações de um mundo mais bonito”. O evento é o lugar onde essas crianças apresentam os trabalhos realizados ao longo do ano através do teatro, das artes plásticas, da música, da dança.


Esse ano, o tema do Cata-vento das Artes foi o “Lá no Nosso Quintal...” abordando as brincadeiras infantis se contrapondo com esse novo mundo, passando por releituras dos jardins de Monet aos girassóis de Van Gogh, “dos cozinhados e cozinheiros infantis à tecnologia dos alimentos e pratos, dos encantadores dinossauros à fantasia dos Super Heróis, dos animais da fazenda à nova TV, DVD, Games. Tudo junto e misturado”. Explica Dusty.


Na verdade, o Cata-vento das Artes sempre teve como um dos objetivos apresentar artistas conceituados e traze-los ao universo infantil. No seu primeiro ano o escolhido foi Romero Brito, onde, através de sua inspiração, as crianças produziram telas e esculturas. A segunda edição teve como foco as obras do artista plástico ilheense Goca Moreno, principalmente em uma de suas artes chamada DIÁLOGO. Eles conheceram o ateliê do artista e a partir dai produziram artes tridimensionais. No ano seguinte, o tema central foi “Pirlimpimpim, um eu aqui e outro ali”, que abordou a temática da identidade pessoal de cada um e também do “faz de conta”. Ano passado, as crianças exploraram o universo teatral com o “Teatrando na Vila”.

Esse ano Dusty afirma que a escolha do nome foi muito pensada. “lá nosso quintal, no cafundó da nossa infância, eu e Lelé sentíamos o sabor da liberdade, o cheiro da alegria e o calor dos raios do sol! Era o espaço de brincar, um lugar encantado, de areia branca fininha, muitos coqueiros e pés de cajus contorcidos. Vivemos muitas aventuras por lá. Mas e agora, nossos filhos, nossas crianças? Que quintal moderno e contemporâneo oferecemos a eles?”

É o povo na arte, é a arte no povo...

Como diz uma grande artista baiana “o povo não pode gostar do que não conhece. É preciso levar brasilidade para o povo”. A cultura e a arte brasileira são riquíssimas e perpassa por grandes nomes que vão desde as artes plásticas com Lygia Clarck, a dramaturgos de altíssima qualidade como Zé Celso Martinez. A expressão da cultura popular também é grande nos quatro cantos do país e inúmeras obras saem através dela. No entanto, é complicado exigir um conhecimento acerca dessas coisas se elas não são estudadas/estimuladas/produzidas desde a infância, período em que o individuo mais desenvolve seus processos cognitivos e criativos. 

As escolas particulares, em sua maioria, estão preocupadas apenas com a aprovação e o ingresso dos estudantes dentro de universidades esquecendo-se da educação de mundo que eles também precisam ter. Esses "meninos" entram na vida acadêmica cada vez mais imaturos e despreparados, principalmente no que diz respeito as relações humanas e a conhecimentos culturais. Já as escolas públicas(também em sua maioria)...bem, o que dizer das escolas públicas? Por falta de estímulos (inclusive financeiro) aos professores, não há um planejamento educacional que agregue valores culturais e artísticos aos alunos.


Iniciativas como o Cata-vento das Artes deveriam ser oferecidas com mais frequência às crianças do pais. Não só por parte dos educadores, mas por coletivos de teatro, por artistas plásticos, por músicos, por escritores, por todos aqueles interessados em trocar conhecimento e estimular a produção dele, principalmente nessa faixa etária onde as descobertas do mundo são intensas e importantes. O futuro da cultura do Brasil, depende justamente dessas pessoas pequenininhas e do poder de síntese de valor que elas possuirão mais adiante. Que em todos os lugares possam existir não professores, mas mais educadores como Dudu e Lelé.


*Brinquedoteca: espaço de aprendizado para crianças com menos de dois anos.




sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vem aí...

CATAVENTO DAS ARTES 2012



04 e 05 de dezembro - NÃO PERCA!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

TORNEIO DE INTEGRAÇÃO

Os jogos aconteceram hoje no Clube Social de Ilhéus. Parabéns aos nossos atletas dos Grupos Jaguatirica (3º ano), Capivara (4º ano) e Arara Azul (5º ano)! Agradecemos o apoio dos educadores, especialmente a Educadora Bruna Moreira - Educadora Física.






Apresentação O TOMBO DA VOVÓ

Ontem, dia 25/10, os educandos do Grupo Capivara - 4º ano, teatralizaram "O TOMBO DA VOVÓ", no VII FENOPO - Faculdade de Ilhéus. Foi uma apresentação emocionante!!! Parabéns aos nossos artistas!













A OFICINA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Pontinho Verde no Planeta Azul

A abordagem desta oficina é holística, resgata valores da relação homem-natureza de forma harmônica, lúdica e equilibrada.









Oficina de Educação Ambiental - toda sexta-feira - 14 horas na Villa Verde.

domingo, 21 de outubro de 2012

VII FENOPO - Faculdade de Ilhéus

A Villa Verde estará presente no evento da Faculdade de Ilhéus: teatralização "O Tombo da Vovó" no dia 25/10 (5ª feira) pela manhã e durante a exposição de Artes com algumas obras de educandos. Não Perca!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nossas Reflexões!


Villa Verde: Eu recomendo!




Na Villa Verde nós aprendemos a ser nós mesmos e a conviver com todos ao nosso redor. Além disso, construímos textos e muito mais com plena facilidade, porque aprendemos os 4 pilares da educação: SER, FAZER, APRENDER e CONVIVER.
Hoje eu recomendo a Villa Verde por ser um lugar que nos encoraja, nos dá asas e nos ensina a vencer os obstáculos da vida.

Por Maria Eduarda Nunes Dias – Grupo Arara Azul – 5º ano

A Magia da Leitura




Muitas pessoas acham que magia não existe, mas eu acho que elas estão equivocadas, pois com a leitura, nos sentimos mais vivos, viajamos sem sairmos do lugar, sentimos muitas emoções e, em cada página, mais de mil aventuras nos aguardam. Então, ler para mim é muito mais do que abrir um livro e começar a lê-lo. Ler para mim é viver mil aventuras, sem me mexer, é abrir um livro e fechá-lo, cheia de vontade de ler o próximo, ou ler outra, outra e outra vez. É sentir tristeza, alegria e raiva, tudo misturado. Enfim, ler é MAGIA.


Por Lara Moreno – Grupo Arara Azul – 5º ano

domingo, 14 de outubro de 2012

Encorajando o Voo!




Gaiolas ou Asas?
Rubem Alves*
(...) “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”. As gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Seu dono pode levá-los para onde quiser. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Asas não amam as gaiolas. O que elas amam é o voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

E você, educador (a), ensina ou encoraja seus educandos?

O que é uma boa educação? 
O que os burocratas pressupõem é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação criam-se mecanismos, provas, avaliações, exames, testes. Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é “dígrafo”? E os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”? Qual a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professoras, também engaioladas pelos programas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: “Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido o que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira...”
Qual é o sujeito da educação? O sujeito da educação é o corpo. É o corpo que quer aprender para poder viver. Esse é o único objetivo da educação: viver e viver com prazer. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta” e “brinquedo” do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas”, aprender “brinquedos”. “Ferramentas” são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. “Brinquedos” são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo uma sonata de Beethoven. Ela não serve para nada. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.
Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade. Quem aprende liberdade não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescerem... Assim todo professor, ao ensinar, teria de perguntar: “Isso que vou ensinar é ferramenta? É brinquedo?” Se não for é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos. Há esperança...

*Psicanalista, educador e teólogo, Rubem Alves é, também, autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.

Aos nossos "encorajadores de voos", da VILLA e da KECA, uma homenagem especial pela dedicação, coragem e muito amor no exercício da profissão de EDUCADOR! Parabéns pelo seu dia! 15 de outubro de 2012.


Andréa, Isabel, Thaís Manuelle, Lorena Moreno, Thais Lima, Sabrina, Aline, Graci, Nayana, Sueni, Miliane, Jamile, Roberta, Shirlei, Lorena Moreira, Joanna, Taiane, Sara, Gigi, Silvinha, Karina, Elane, Bob, Bruna, Valerie, Ana Paula B., Mariana, Leila, Ana Paula Morais, Ana Maria, Jorsinai, Vânia, Lelé e Dusty. Equipe nota MIL!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Feliz Dia das CRIANÇAS!!

Criança é VIDA!

Brincando de carrinho
ou de bola de gude
criança quer carinho
criança quer saúde
chutando uma bola
ou fazendo um amigo
criança quer escola
criança quer abrigo
lendo um gibi
ou girando um bambolê
criança quer sorrir
criança quer crescer
a gente quer
a gente quer
a gente quer ser feliz
criança é vida
e a gente não se cansa
de ser pra sempre uma criança
na hora do cansaço
ou na hora da preguiça
criança quer abraço
criança quer justiça
sério ou engraçado
no frio ou no calor
criança quer cuidado
criança quer amor
em qualquer lugar criança quer o quê?
criança quer sonhar
criança quer viver
a gente quer
a gente quer
a gente quer ser feliz
criança é vida
e a gente não se cansa
de ser pra sempre uma criança.

Homenagem da Equipe Keca e Villa Verde às nossas crianças... Uma manhã encantadora e divertida! Aqui Criança é Criança e Cresce Feliz!

Vídeo:


Fotos:












quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Jornal A VOZ DA VILLA


INFORMAÇÃO FURACÃO 

Por Anna Beatriz Abreu - Grupo Arara Azul - 5º ano

Vocês devem saber o que é um furacão. Isso mesmo, ele é uma poderosa tempestade que produz ventos extremamente rápidos. Mas, tenho certeza que vocês têm mais curiosidades sobre esse assunto.
Os furacões são fenômenos climáticos que se formam, geralmente, em regiões tropicais do planeta.
A principal consequência de um furacão é a destruição que ele deixa após sua passagem, um rastro de destruição. Mas há também as doenças causadas pelas péssimas condições sanitárias que os ambientes ficam após a passagem.
Em março de 2004, houve a formação de um furacão que atingiu a região sul do Brasil. Com ventos de até 170 km/h, a tempestade atingiu áreas litorâneas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Foi um dos maiores e mais violentos furacões brasileiros já registrados.
Com tudo isso que falei posso ter causado uma dúvida: É comum acontecer um furacão no Brasil? Fiquem calmos, Felizmente, o Brasil não é um país onde é comum a formação de furacões. A área do atlântico Sul não é favorável para a formação destes coclones tropicais.
Outros lugares onde já aconteceram furacões são: México, China, Japão, Estados Unidos, Canadá, índia, Havaí entre muitos outros.

VULCÃO  EXPLOSÃO 
Por Jade Andrade - Grupo Arara Azul - 5º ano

Quando se pensa em vulcões logo de cara lembramos explosões, mas vulcões têm muito mais ciência do  que vocês  imaginam. Vulcão é uma estrutura geológica formada quando o magma, gases e partículas quentes escapam do núcleo da terra para a superfície. Normalmente, os vulcões apresentam formato cônico e montanhoso. No planeta terra, os vulcões tendem a se formar nas margens das placas tectônicas, mas há exceções em zonas chamadas HOT Spots, que são encontradas em solos férteis para a agricultura.
Mas os vulcões não são tão ruins assim! Eles também deixam o solo fértil!
Você sabia que o nome para estudo de vulcões é vulconologia?

O MUNDO EM ATAQUE
Por Maria Flora Tomás - Grupo Arara Azul - 5º ano

Há muito tempo estão morrendo pessoas inocentes em algumas partes do mundo.
Terremotos são muito perigosos.
Os terremotos geralmente aparecem em locais com placas tectônicas, ele já aconteceu na China, Japão, entre outros locais.
Na China muitas crianças ficaram sem mãe, pai e também sem teto e isso aconteceu por causa dos terremotos e enchentes, que alagaram tudo.
Mas não é para se preocuparem: duas placas estão protegendo o Brasil, porém pode acontecer de haver um terremoto aqui em pequena  magnitude.

Créditos em 10/10/2012

- Jornalistas: Anna Beatriz Abreu, Maria Flora Tomas, Jade Amorim Andrade.
- Entrevistadora: Nathália Moradillo
- Panelas: Amanda Souza e Lara Moreno
- Créditos: Sara Corrêa
- Editora: Lara Moreno
- Operador  de Som: Fernando Gonzaga

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Na VILLA e na KECA todo dia é DIA DAS CRIANÇAS!

Nossa comemoração do DIA DAS CRIANÇAS foi muito legal! Teve brincadeiras de montão e Gincana da Alegria multicolorida! Veja fotos:










Créditos das FOTOS: Ana Lee
(as famílias podem adquirir as fotos na secretaria da escola)


CRIANÇA NA KECA E NA VILLA VERDE É CRIANÇA E CRESCE FELIZ!

Resultado da Gincana da Alegria Multicolorida:

1º lugar: EQUIPE AZUL - 29 pontos
2º lugar: EQUIPE VERDE - 24 pontos
3º lugar: EQUIPE AMARELA - 22 pontos
4º lugar: EQUIPE VERMELHA - 20 pontos

Agradecemos a toda EQUIPE da VILLA e KECA pela nossa maravilhosa manhã!